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Orgulho LGBTQI+: conheça avanços e direitos conquistados nos últimos 50 anos de luta.




Um protesto de combate a violência policial contra pessoas da comunidade LGBTQI+ em um bar nos Estados Unidos em 1969 fez nascer uma data que se transformou em um mês inteiro de celebração ao orgulho de ser LGBTQI+. Não foi a primeira luta, mas uma das mais marcantes e que deu início ao enfrentamento a lgbtfobia. Após 50 anos de luta, com muitos protestos em prol de mais respeito, combate à discriminação e proteção de direitos, deve-se destacar as conquistas dessas cinco décadas, como a garantia do uso do nome social, o reconhecimento de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito federal, a criminalização da discriminação contra pessoas LGBT, e outros avanços importantes.


Conquistas e direitos


Conheça as principais conquistas da comunidade LGBTQI+ no Brasil.

  • SUS passa a realizar cirurgias de redesignação sexual

Em agosto de 2008, pela Portaria Nº 457, de 2008, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a realizar cirurgias de redesignação sexual para mulheres transexuais. A partir de 2013, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria n° 2803, ampliou o processo transexualizador no SUS, e posteriormente, em 2019, autorizou cirurgias de readequação sexual do gênero feminino para masculino.

  • Aprovação da Lei Maria da Penha que inclui políticas para mulheres LGBT

A Lei Maria da Penha (N.º 11.340/06) criou mecanismos para coibir a violência doméstica contra a mulher, independente da sua orientação sexual. Esta lei também tem sido usada pela Justiça para coibir a violência doméstica contra mulheres transexuais e travestis.

  • STJ reconhece que casais homossexuais têm o direito de adotar filhos

Em maio de 2010, o STJ reconheceu, por unanimidade, que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos. Também em março de 2015 a Ministra Cármen Lúcia, do STF, decidiu pelo direito de adoção por casais homoafetivos, destacando que “a Constituição Federal não faz diferenciação entre casais heterossexuais ou homoafetivos”.

  • CNJ emite resolução para realização do casamento homoafetivo em cartórios

Em 14 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou a Resolução nº 175, que permitiu os cartórios de todo o Brasil a realizarem diretamente o casamento civil ou conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.

  • Decreto garante uso do nome social e reconhecimento da identidade de gênero

Em abril de 2016, foi publicado o decreto Nº 8.727 que garante o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal. O nome social pode ser usado em atendimentos no SUS, Enem e cartões de contas bancárias e outros.

  • STF autoriza alteração de nome e gênero no registro civil nos cartórios

Em agosto de 2018, O STF autorizou pessoas trans a alterarem o nome no registro civil sem a necessidade de cirurgia de redesignação sexual ou decisão judicial. Com a decisão, a alteração pode ser feita diretamente no cartório mais próximo.

  • STF determina que discriminação contra pessoas LGBT é crime

Em junho de 2019, o STF determinou que a discriminação contra pessoas LGBT seja enquadrada nos crimes previstos na Lei Nº 7.716/1989 (Lei do Racismo), prevendo penas de até 5 anos de prisão, até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.

  • STF suspende restrições para doação de sangue por homossexuais

Em maio de 2020, o STF declarou inconstitucional e suspendeu as normas do Ministério da Saúde e Anvisa que exigiam aos homossexuais a abstinência sexual de um ano para doarem sangue.

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